POESIA: 'Calo', de Isabela Costa Reis Cabral
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| Imagem enviada por Isabela Costa Reis Cabral |
Calo
Pequeno pomo áspero
Relevo agridoce
Brota no delicado dedo
Que verga como um ramo
Moldado por uma estaca de caneta enérgica
Marca visível em minha casca
Mas profunda em minha alma
Nó rejeitado pela sociedade
Concebido pelas belezas e pelas dificuldades do tempo
Faz desabrochar potentes flores e frutos ácidos ou doces
Posso ser jovem ou ter milhares de anos
Mas não sou muda
Há poesia escrita em meu ser
Com o meu calo
Não me calo...
Isabela Costa Reis Cabral, 2023
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