Boas-vindas
A ideia da "Pequena Música" talvez tenha sido fruto desse tempo de isolamento e segregação social. Adiado o gesto, o abraço, as palavras resistem, rompem a tela em busca do outro. Recuperam memórias, vivências.
Paul Éluard insistia para que escutássemos a pequena música no ato de escrever. Conceição Evaristo a definiu como "Escrevivências".
Convite formulado, convite aceito. Aí estão os textos. Os da escrita criativa, os que se debruçam sobre poemas com breves reflexões.
Ao Crístian, que cuidou do blog, nossa alegria pela adesão imediata.
Boa leitura!
Carinhos!
Cinda Gonda
7 comentários
Esse blog está repleto de afeto e dedicação!
ResponderExcluirParabéns a todos os envolvidos!
Deixo um agradecimento especial à Professora Cinda Gonda, que nos fez ouvir nossa pequena música e nos ensinou que compartilhá-la é também um ato de responsabilidade com a nossa finitude.
Obrigada, Manuela, por aceitar o desafio. Carinhos
ExcluirCINDA GONDA NO MEU DICIONÁRIO SE TRADUZ COMO 'AFETO' E 'AMIZADE' E É SINÔNIMO DE 'GRATIDÃO', 'LEALDADE', 'DEMOCRACIA' E AMOR. Grande abraço. Carinhos.
ResponderExcluirMaria Bethânia
Erivelto Reis
Para Cinda Gonda
Cinda é a Maria Bethânia da academia.
Ninguém mais humano, tão talentoso quanto,
Mais simples no complexo ofício do lúdico
E mais humilde no abraçar e agradecer.
O que não significa necessariamente
Que não haja outros e outras
Tão inspiradores e inspiradoras
Ao parecer do idealizado enleio de nossos afetos,
De nossa admiração fraterna e filial
Por nossos professores e professoras.
Ninguém há mais endossada para a defesa
Dos apanhados e apanhadas nas teias labirínticas
Das vaidades e das veredas entre a margem do que
É sonho e, às vezes, pesadelo...
Cinda tem a manha, tem a sanha, tem o jeito
É Santa, Bárbara, senhora dos navegantes!
Seus atlânticos domínios nos unem ao nosso passado
Ao chão e ao solo dos nossos antepassados...
Bramindo a espada dos orixás contra a ira sonsa
E silenciosa dos fascistas, coronéis e neocoloniais.
Entregando avisos, lições, poemas, cravos e rosas
Às pessoas que se julguem poderosas.
Os fios de seus longos cabelos
São texto e contexto de lutas tantas, muitas colossais.
E ainda digo mais:
São suas lágrimas por nossas vitórias,
Sua vontade de agregar e sua inabalável disposição para lutar
Que fazem com que o mundo que conhece,
Seu vasto repertório artístico, acadêmico e intelectual,
Sejam quase coadjuvantes do seu dom de ser e de ensinar.
Irmã, amiga, mãe e advogada nossa, porto seguro e linha de chegada...
Ao que não se faz de rogada, compadecida dos/as injustiçados /as
Do mundo e dos graduandos/as e pós-graduados/as.
Cinda sabe onde pisa, sabe por onde anda...
Sabe bem que às vezes tiram as coisas do lugar
Para depois dizerem que nossa mão não as alcança...
Tem a ética de quem não se apanha
Por vaidades e conveniências momentâneas
Feitas por exercícios arbitrários de poder e ar
Canta Grândola, Vila Morena,
Que a revolução não tarda a começar...
Querido amigo, o que dizer, como dizer... Você conhece os passos desse projeto, seus alunos tiveram a alegria de experimentar tal desafio. Carinhos
ExcluirQue grata surpresa esse seu comentário! Obrigada por postar seu poema e nos fazer conhecer um pouquinho mais da nossa tão sensível Professora. Salve Cinda Bethânia!
ResponderExcluirQue maravilha esse espaço de ideias e carinhos! Boas escritas a todos que se aventurarem a dar asas à criatividade. Que os frutos desta terra sejam abundantes!
ResponderExcluirMarcelo Maldonado
Querido amigo, seu livro - a Comunhão do Silêncio - marca o início de tudo, não é mesmo? Carinhos
Excluir