Análise de 'Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo', de Sophia de Mello Breyner Andresen
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Terror de te amar num
sítio tão frágil como o mundo
Mal de te amar neste
lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.
Analisando o poema
acima, vemos a dualidade retratada no ato de amar, já que o amor é considerado
um sentimento positivo, empolgante, mas também é aterrorizante, visto que amar
alguém é capaz de te colocar numa posição de sofrimento. Dessa forma, Sophia
Andresen expressa o contexto que torna o amor um sentimento tão assustador
quando diz “Terror de te amar num sítio tão
frágil como o mundo / Mal de te amar neste lugar de imperfeição / Onde tudo nos
quebra e emudece / Onde tudo nos mente e nos separa.”, então o que assusta é amar nessa
realidade frágil, imperfeita, com receio de ser quebrado, calado, mentido e
sofrer uma separação devido à hostilidade desse sítio desagradável e falho. O
eu lírico sente medo de experienciar um amor repleto de mentiras, de silêncios
e vazios, de sofrer por um amor atormentado pelo mundo frágil e imperfeito que
se mostra hostil aos amantes, fazendo temer até as coisas mais belas que nos
são proporcionadas.
Laura Luna
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