POESIA: '8 infinitos sem ela', de Manoela Villa Verde

by - fevereiro 22, 2021

 

Imagem por Manoela Villa Verde


8 infinitos sem ela


Dezembro quente
Mas lá dentro estava frio
Pressão igualando
Ela estava por um fio

Olhinhos verdes fechando
Sem sorrir há dias
Ela estava desaparecendo
E eu, desmoronando

Nossa alegria
Nossa parceria
Tudo agora é saudade
Parece que foi outro dia

Ainda sinto o gosto da canjica que nunca experimentei

8 infinitos anos sem ela
Sem a letra dela
Sem a casa dela

Sou a canjica no fogo
Aprendendo a me fazer sozinha


                                          manoela villa verde
                                              (dezembro 2020)

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3 comentários

  1. Somos todos um grão da canjica do Universo! O fogo que nos amolece e tempera chama-se TEMPO. No tempo certo das experiências subjetivas, todos nós retornamos, mais moles e temperados, ao jogo da vida! Eternamente!

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    Respostas
    1. Coisa mais linda!
      Obrigada.
      Obs. Seu comentário veio sem nome, quem és? Gostaria de saber.

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