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me diz por onde começar
ou qual das linhas é a mais tênue
no meio de toda essa bagunça
com cheiro de perfume doce
sorrio, calo, beijo, danço
respondo perguntas repetidas
peço respostas que já sei
ou qual das linhas é a mais tênue
no meio de toda essa bagunça
com cheiro de perfume doce
sorrio, calo, beijo, danço
respondo perguntas repetidas
peço respostas que já sei
é amarga a sensatez
inimiga dos apaixonados
me reviro inteira
te reviro os olhos
frente, verso, meio, lados
suas hipóteses determinadas
contrastam meus singelos fatos
inimiga dos apaixonados
me reviro inteira
te reviro os olhos
frente, verso, meio, lados
suas hipóteses determinadas
contrastam meus singelos fatos
eu passaria horas desse jeito
discutindo dores e o porquê
dando o braço a torcer
torcendo pelo sim
talvez, depois, não! diz você
falando com os olhos
olhando sua boca
discutindo dores e o porquê
dando o braço a torcer
torcendo pelo sim
talvez, depois, não! diz você
falando com os olhos
olhando sua boca
minhas palavras engasgadas
têm o gosto do seu hálito
a harmonia das suas cores
a inquietude das suas dúvidas
calmas, tristes, alegres, úmidas
nossas pernas se embolam
na dispersão dos nossos receios
têm o gosto do seu hálito
a harmonia das suas cores
a inquietude das suas dúvidas
calmas, tristes, alegres, úmidas
nossas pernas se embolam
na dispersão dos nossos receios
seu sorriso me puxa
como lua movendo maré
um deslize e eu te conto
com a fala gaguejada
dedo, toque, arrepio, cafuné
faço do Quase o suficiente
perdida na graça de viver presente
como lua movendo maré
um deslize e eu te conto
com a fala gaguejada
dedo, toque, arrepio, cafuné
faço do Quase o suficiente
perdida na graça de viver presente
me acho no toque da sua pele quente
declarando amor por acidente
declarando amor por acidente
Ana Gabriela da Fonseca Mano
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