POESIA: '(das entremências) Para Manoel de Barros', de Marcelo Maldonado

by - abril 16, 2021

 

Ilustração por Matheus Calafange

(das entremências)
                 Para Manoel de Barros

achou por bem
regar uma
pedra com a
saliva da
infância
a manhã tinha
reverberâncias
nos seus
rascunhos
entrou a rir
de um
parassempre
entalhado numa
rama d'água
deu a mão à
cor azul do
coração de
um bem-te-vi
dizem que
anoiteceu
feito coruja
com sabença
de árvores


                                                                                                       Marcelo Maldonado

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